A baleia azul (Balaenoptera musculus) não é só o maior mamífero, mas também o maior animal que já existiu no planeta em todos os tempos.

A baleia-azul é a maior das espécies de cetáceos, medindo de 25 a 30 m, sendo as fêmeas maiores e mais pesadas que os machos.

O comprimento e peso máximos já registrados para a espécie referem-se, respectivamente, a duas fêmeas.

Uma de 33,6 m, capturada nas Ilhas Geórgias do Sul, e outra com 190 toneladas, proveniente da Antártica.

Além do tamanho, as principais características diagnósticas da espécie são:

  • a coloração do corpo azul-acinzentada com manchas claras,
  • a cabeça cabeça chata e pontiaguda, medindo cerca de um quarto do tamanho do corpo,
  • a nadadeira dorsal pequena, localizada no último terço do corpo,
  • e o borrifo produzido durante a expiração, podendo atingir 9 m de altura.

Seu coração é do tamanho de um carro pequeno.

baleia azul

Sua alimentação é constituída basicamente de crustáceos e plânctons marinhos.

Alimentam-se fundamentalmente de crustáceos, como o krill antártico (Euphausia superba), além de pequenos peixes e cefalópodes.

Uma baleia pode consumir nada menos que até 8 toneladas por dia de alimentos.

A baleia azul engole suas presas inteiras, sem mastigá-la, como fazem os mamíferos terrestres, permitindo uma rápida ingestão do alimento sem que entre muita água junto.

A maturidade sexual ocorre por volta dos 10 anos de idade para ambos os sexos.

E o tempo de gestação é de onze a doze meses. O intervalo de nascimento é de dois ou três anos, dependendo da população.

Os indivíduos nascem com cerca de 7 m de comprimento, pesando mais de duas toneladas.

A lactação dura de seis a oito meses. Após oito meses, o filhote pode atingir aproximadamente 15 m.

Geralmente, vivem solitárias, aos pares ou trios, embora grupos de mais de 50 animais possam ser vistos em áreas de alimentação ou reprodução.

No período de alimentação (verão e início do outono), migram para águas polares ou subpolares e no período reprodutivo (inverno e primavera) migram para áreas tropicais ou subtropicais.

Em função do reduzido tamanho populacional e de seus hábitos oceânicos, são raros os registros da espécie no Brasil.

Historicamente, há registros de dois animais capturados comercialmente na Paraíba, em 1948 e 1965, e um exemplar no Rio de Janeiro, em 1962.

Amplamente disseminada em todas as bacias oceânicas, em ambos os hemisférios, de águas polares e subpolares a águas tropicais e equatoriais.

Ameaça de extinção

Um dos ícones da ganância e irresponsabilidade da indústria baleeira, a maior espécie de mamíero da Terra foi quase totalmente exterminada de todos os oceanos.

Era originalmente uma espécie de grande abrangência, ocorrendo de águas tropicais a polares.

Como em muitos outros casos onde a indústria baleeira perseguiu maciçamente espécies de grandes baleias e fingiu saber o suficiente para as “explorar sustentavelmente”, muito pouco ainda seja conhecido sobre a estrutura social das baleias azuis (e, com certeza, da maioria dos outros cetáceos).

A espécie foi altamente impactada pela caça com canhão-arpão explosivo e o uso de navios-fábrica em regiões subpolares e polares.

Acredita-se que o efetivo populacional global represente 5% do montante estimado para o início do século XX.

As pequenas concentrações de indivíduos pedem esforços multinacionais associados à conservação de ambientes marinhos.

Medidas para a conservação criação e implementação de maior número de áreas marinhas protegidas, preferencialmente interligadas em corredores.

Já existe proposta para a criação de um santuário para o Atlântico Sul, debatida anualmente por representantes de diferentes países, incluindo o Brasil, nas reuniões da Comissão Baleeira Internacional (CIB-IWC), mas por ora sem sucesso.

A baleia azul no jogo

Apesar de ser um animal fascinante, a baleia azul se tornou popular nas últimas semanas devido a um “jogo”  em que se cumprem “desafios” que culminam no suicídio.

Ao nomear de ‘baleia-azul’ o jogo, os criadores teriam feito referência à crença de que baleias têm tendências suicidas.

Acreditando que as baleias, voluntariamente, procurariam encalhar em praias com o intuito de se suicidar.

O que não é real. Não há nenhuma comprovação nesse sentido.

O que se sabe é que, doenças e algumas ações do homem podem levar os animais a nadarem até muito próximo da praia, o que causaria – acidentalmente – o encalhamento e eventual morte.

Uma das causas mais comuns é a presença de doenças ou ferimentos.

Na maioria dos casos, os animais ficam fracos e não conseguem continuar nadando.

Por causa disso, são levados até praia pelas ondas e acabam ficando presos, o que resulta, muitas vezes, em morte.

O mesmo ocorre quando eles ficam muito velhos.

Além disso, a maioria desses animais é extremamente sensível ao som.

Alguns sonares utilizados para navegação podem deixá-los confusos, estressados e atordoados, aumentando as chances de eles nadarem sem querer em direção à praia.

Além dessas causas, a poluição, temperatura da água e disponibilidade de alimento são outros fatores que os cientistas consideram como causas de encalhamento.