Será que as cobras poderiam desenvolver pernas em seu corpo em gerações futuras?
Ou elas tinham as pernas e acabaram perdendo-as?
As serpentes constantemente estiram seu corpo para poderem passar por espaços estreitos em seus habitats.
Ao passar por esses espaços apertados, as pernas não seriam utilizadas.
Se elas tivessem pernas longas, essas atrapalhariam sua locomoção na grama.
E se elas tivessem quatro pernas, não conseguiria se movimentar.
Embora os répteis tenham pernas, as cobras não as tem.
Entretanto, segundo as leis de Lamarck, elas em alguma época as tiveram, porém as perderam.
Então ao que tudo indica, de acordo com Lamarck uma das causas da mudança evolutiva era a capacidade de reagir a condições especiais do meio ambiente.
A ideia de que um órgão enfraquece ou desaparece com o desuso, ou fortalece pelo uso, é muito antiga.
Lamarck apenas utilizou essa idéia para formular a primeira teoria da evolução, em 1809.
Não podemos discutir evolução, sem mencionar Charles Darwin.
A teoria que explica a evolução dos seres vivos pela seleção natural foi proposta 50 anos após a teoria de Lamarck.
Tanto Lamarck quanto Darwin acreditavam no mundo evolutivo, entretanto, foi Lamarck o primeiro pesquisador que propôs uma teoria sólida sobre a mudança evolutiva.
Mas se as serpentes tinham pernas porque perderam?
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A ausência dessa sequência de 17 pares de bases, as unidades químicas que compõem o DNA, em um trecho do genoma das cobras, fez esses répteis perderem progressivamente suas patas.
Imagens em 3D, publicadas na revista Journal of Vertebrate Paleontology, mostram que a arquitetura interna dos ossos das pernas das serpentes antigas é muito parecida com a dos lagartos terrestres modernos, fornecendo evidências sobre a origem das serpentes.
O mecanismo da evolução
O efeito do uso e desuso era aceito pelos dois cientistas, embora com menos intensidade nas ideias de Darwin.
Um interesse primário pela diversidade ou pela adaptação.
Aqui existe uma diferença fundamental entre Lamarck e Darwin.
Para Darwin, a adaptação dos seres vivos é o produto da seleção natural.
Para Lamarck, a adaptação era o produto final dos processos fisiológicos, exigidos pelas carências dos organismos de se transformarem no seu meio ambiente.
Os pescoços das girafas primitivas, provavelmente eram de vários comprimentos e essas variações eram de origem genética.
As girafas com pescoço mais longo conseguiam colher as folhas com maior facilidade do que aquelas de pescoço curto.
Assim, há uma seleção natural entre esses seres favorecendo a sobrevivência das girafas de pescoço longo.
Esse exemplo clássico da girafa, também utilizado didaticamente por muitos anos, procura representar a teoria da evolução das espécies pela Seleção Natural.
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