Popularmente conhecido como ataque cardíaco, o infarto é um processo de morte do tecido (necrose) de parte do músculo cardíaco por falta de oxigênio.

Para compreendermos como acontece o infarto vamos relembrar aonde acontece.

O coração é um órgão muscular oco que bombeia sangue levando oxigênio e nutrientes para todo o corpo.

Está localizado no centro do tórax, entre os dois pulmões, no mediastino, e repousa sobre o diafragma.

Os impulsos elétricos que causam a contração do miocárdio são realizados pelo sistema de condução cardíaca.

Em circunstâncias normais, o sistema estimula primeiro a contração dos átrios e, logo em seguida, a dos ventrículos.

O infarto, chamado também de infarto agudo do miocárdio (IAM), é a morte de um segmento do músculo cardíaco por falta de irrigação sanguínea.

infarto

Quando não há irrigação sanguínea, acontece um desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio no miocárdio.

Essa falta de sangue é causada pela ruptura de uma placa de ateroma ou trombo resultando em obstrução completa da artéria.

Essa obstrução ocorre em geral, pela formação de um coágulo sobre uma área previamente comprometida por aterosclerose (placa de gordura).

E essa placa causa o estreitamento dos vasos sanguíneos do coração.

E podem acontecer com o vaso obstruído no ápice ou na periferia do órgão na base.

Infarto é tudo uma coisa só?

O IAM compromete predominantemente o ventrículo esquerdo.

Mas a lesão pode estender-se ao ventrículo direito ou aos átrios.

O infarto do ventrículo direito geralmente resulta de obstrução da coronária direita ou uma artéria circunflexa esquerda dominante.

É caracterizado por pressão de enchimento do ventrículo direito elevada.

E muitas vezes com insuficiência tricúspide grave e redução do débito cardíaco.

Já o infarto inferoposterior provoca algum grau de disfunção do ventrículo direito em cerca da metade dos pacientes.

E provoca alteração hemodinâmica em 10 a 15%.

O infarto do ventrículo direito, que complica o infarto do ventrículo esquerdo, aumenta significativamente o risco de mortalidade.

Isso porque os infartos anteriores tendem a ser maiores e estão associados de prognóstico pior que os infartos inferoposteriores.

E eles geralmente ocorrem por obstrução da artéria coronária esquerda, especialmente da artéria descendente anterior.

Já os infartos póstero-inferiores refletem obstrução da artéria coronária direita ou artéria circunflexa esquerda dominante.

Além da localização, há três possibilidades quando alguém sofre um infarto

A primeira é a de a pessoa ir a óbito instantaneamente.

A segunda, de o paciente ir para o hospital e ser atendido, mas os médicos não conseguirem reverter o quadro e a morte ocorrer até 24 horas após o evento.

E a terceira, de a pessoa ser tratada e sobreviver.

É muito comum ouvirmos falar que uma pessoa morreu devido a um “infarto fulminante”.

Mas o que isso de fato quer dizer?

O termo infarto fulminante, pouco usado entre os profissionais da saúde, são infartos em que o paciente vai a óbito.

Seja imediatamente quando o infarto ocorre ou mesmo após socorro médico.

Você sabia que não existe apenas o infarto agudo do miocárdio?

Isso mesmo!

Embora seja o mais comum, o coração não é o único órgão a sofrer um infarto!

Isso porque há o chamado infarto vermelho (hemorrágico) e o infarto branco (anêmico ou isquêmico).

Mas o que isso muda?

De maneira bem simplificada o infarto vermelho ocorre principalmente em locais de dupla circulação.

Isso significa podem ocorrer obstruções e falta de oxigênio tanto na circulação venosa quanto na arterial.

Enquanto que o infarto branco ocorre em locais de circulação terminal.

A obstrução venosa é a causa mais comum de infarto vermelho.

Já a  causa do infarto branco é sempre arterial (oclusão trombo-embólica, compressiva).

Os órgãos mais comumente lesados são os rins, o baço, o coração e o cérebro.

Os sintomas do infarto

A principal manifestação de um infarto é dor torácica.

A dor também pode ser localizada na região  da barriga/abdômen.

Ela é usualmente prolongada, e pode ser desencadeada por estresse e esforço físico.

Mas pode acontecer também em repouso.

Pode apresentar também outros sintomas como dispneia, náuseas, vômitos e sudorese fria e pegajosa.