As corujas compõem uma ordem de aves conhecida cientificamente como Strigiformes.
Essa ordem se divide em duas famílias: Strigidae e Tytonidae.
Das quase 2.000 espécies de aves registradas no Brasil, apenas 23 são corujas, sendo a Suindara (Tyto alba) a única representante da família Tytonidae em nosso país.
A coruja como símbolos
Na Grécia Antiga, a coruja-pequena (Athene noctua), nativa de parte da Europa, África e Ásia era o símbolo da deusa da guerra e sabedoria, Atena.
O nome científico do gênero, Athene, é justamente uma referência à divindade grega.
No Brasil há uma espécie representante deste gênero: a coruja-buraqueira, Athene cunicularia.
A coruja também é simbolo da filosofia em referência a coruja de Minerva, uma deusa romana.
E utilizada na pedagogia como símbolo de sabedoria, embora não seja a representação oficial da pedagogia.
Pessoas do campo atribuem ao caburé o dom de dar boa sorte.
A curiosa face occipital dos caburés é interpretada pelos índios como tendo a ave quatro olhos, detectando assim qualquer perigo de imediato.
Fala-se também de “corujar” quando alguém faz plantão noturno.
Mau agouro?
As corujas são animais cercados por crenças e mitos.
O hábito noturno da maioria das espécies contribui muito para isso, pois a noite sempre foi considerada “misteriosa” por nós, animais diurnos.
Há povos e religiões que veem nas corujas divindades benéficas, símbolos de sabedoria e proteção.
Da mesma forma, outros creem que são aves de mau agouro.
Talvez sejam seus cantos e pios os principais responsáveis pela má fama em muitas regiões.
Afinal, os sons emitidos pelas corujas em nada lembram as melodias dos pássaros canoros, tão apreciadas pelos humanos.
A Suindara, por exemplo, é também conhecida como “rasga-mortalha”, devido a um forte grito que eventualmente emite durante o voo.
O fato, é que os sons emitidos pelas corujas nada têm a ver com premonições.
São na verdade uma forma de comunicação desses animais, que para nós pode parecer estranha.
Não podemos, portanto, deixar nossa falta de conhecimento acerca de uma espécie (seja uma coruja ou qualquer outro ser vivo) se transformar em intolerância e repúdio.
Ao invés disso, devemos buscar pesquisar mais sobre tais criaturas que nos intrigam, e assim conhecê-las melhor.
Este é um dos pré-requisitos para vivermos em harmonia com a biodiversidade que nos cerca.
Pescoço elástico
Acreditou há muito tempo que as corujas são capazes de virar a cabeça em 360 graus completos.
Isso na verdade não é verdade.
No entanto, eles podem girar 270 graus.
As corujas fixaram focos oculares, de modo que não podem mover os olhos.
Isso significa que, sem poder virar a cabeça para um grau tão extremo, eles teriam um campo de visão muito limitado.
Eles têm uma vértebra muito diferente e estrutura óssea no pescoço do que a maioria dos outros animais, incluindo humanos.
O pescoço tem artérias vertebradas e carótidas, que são muito frágeis e podem ser facilmente danificadas.
Em um humano, os buracos através da vértebra são apenas grandes o suficiente para a artéria.
Em uma coruja, os buracos são dez vezes maiores do que a artéria.
Aparentemente, o espaço proporciona almofadas de ar, o que ajuda a evitar danos por movimentos extremos.
Além disso, as duas vértebras inferiores não têm esses orifícios, o que parece permitir folga quando a coruja está girando sua cabeça, o que é outra maneira de proteger as artérias contra danos.
Outra característica única sobre o pescoço de uma coruja é que, à medida que os vasos se aproximam do cérebro, eles se ampliam.
Em quase todos os outros animais, os vasos diminuem de tamanho à medida que ficam cada vez mais longe do coração.
Isso porque girar a cabeça para 270 graus deve comprometer o suprimento de sangue.
A artéria maior quase faz um reservatório de sangue, de modo que o suprimento de sangue é contínuo.
Audição
Os laros são providos de cerdas ou vibrissas cuja base é cercada de células sensitivas, provavelmente gustativas (corpúsculos de Herbst).
Destaca-se um “disco facial” de penas (estudado sobretudo na suindara, v.Tytonidae) que desempenha importante papel de refletor sonoro: movendo-se sob a ação de dobras da pele, amplia o volume do som e facilita a localização da presa pelo ouvido.
O ouvido da coruja parece funcionar como um microfone de radar colocado no foco de uma parábola.
As penas que cobrem o ouvido têm uma estrutura rala peculiar, permitindo a penetração do som, organização existente em todas as aves.
A assimetria dos ouvidos externos, outra particularidade das corujas, parece colaborar na focalização, o lado esquerdo focaliza para baixo, o lado direito para cima.
A grande largura do crânio das corujas evoluiu também em função da audição aperfeiçoada.
As “orelhas de penas”, típicas para determinadas corujas e faltando em outras, não têm ligação nenhuma com o ouvido.
O ouvido interno ou labirinto das corujas é muito bem desenvolvido.
Algumas delas, entre as quais a Suindara, são capazes de apanhar um rato vivo em escuridão absoluta, guiadas unicamente pelo ouvido
A coruja localiza um animal em movimento apenas por intermédio de uma parte do amplo espectro de frequências que compõem o ruído produzido e sua habilidade em perceber sons extremamente fracos é talvez ainda mais importante do que o registro de frequências altas.
Consta que a Suindara reage sobretudo a frequências entre 3.000 e 9.000Hz.
A capacidade do ouvido das corujas parece para nós tão milagrosa como a eficiência do olfato de mamíferos macrosmáticos como os cães.
Família Tytonidae
São aves esbeltas, de “cara” comprida e disco facial em forma de coração.
Um representante dessa família é a Suindara (Tyto alba).
A fêmea maior é que macho.
As curiosidades dessas família está no comportamento de defesa.
Se as Suindaras se sentirem ameaçadas durante o dia, seus olhos desaparecem numa fenda longitudinal de penas.
Além de balançarem o corpo lateralmente, tentando “espantar” a ameaça.
E em casos em que estão acoadas sem poder fugir, jogam-se de barriga para cima, enfrentando o perigo com as poderosas garras que lançam para a frente.
Manifestações sonoras
Donas de um grito fortíssimo, “chraich” (“rasga-mortalha”), emitido frequentemente durante o voo.
Em períodos de acasalamento o som é emitido pelo casal.
A fêmea responde nos intervalos que o macho emite um ‘roncar’, igualzinho ao roncar do homem.
Um ruído semelhante é também proferido pelos filhotes.
Outro som emitido por corujas dessa família é um “tic” que lembra os ruídos produzidos por certos morcegos quando voam caçando.
Além disso, quando assustada de dia ou quando quer amedrontar, bufa fortemente podendo estalar com o bico como outras corujas.
Alimentação
Come principalmente pequenos vertebrados: roedores, marsupiais, morcegos, anfíbios, répteis e pequenas aves.
Um fato curioso é que, em situações de viveiro, quando uma coruja Suindara e um morcego “vampiro” (Desmodus) são postos juntos, estes atacaram as corujas, que deles não se aproveitaram como alimento.
Nas proximidades de habitações humanas caçam ratos à noite, com afinco e por isso também são chamadas de “ratoeira voadora”.
Tanto que, embora tenha metade do peso de um corujão (Bubo virginianus), consome a mesma quantidade de roedores ou até mais.
Estão, portanto, entre as aves mais “úteis” do mundo, no que se refere à economia do homem.
Reprodução
Seus ovos são compridos, ovais e brancos.
Postos diretamente no substrato ou numa camada de pelotas em parte desagregadas.
Incubação de 30 a 34 dias, realizada predominantemente pela fêmea que é alimentada pelo macho.
O pai caça e a mãe alimenta os filhotes que podem ser de tamanho bem diverso.
Os maiores recebem ratinhos inteiros, os pequenos apenas pedacinhos.
Filhotes crescidos podem ajudar na alimentação de irmãos pequenos mas chegam a devorar os últimos quando falta alimento.
Os filhotes abandonam o ninho com aproximadamente dois meses de idade.
Mesmo em clima ameno reproduzem durante quase todo o ano, desde que haja fartura de alimentação.
Habitat
Prefere nidificar em sótãos de casas velhas, forros e torres de igrejas, pombais e grutas; de dia dorme, às vezes em palmeiras.
Por isso o popular nome de coruja de igreja.
Família Strigidae
São representados por corujas, mochos e caburés.
O tamanho varia consideravelmente.
Têm voo silencioso e uma adaptação à vida crepuscular-noturna.
Têm uma estrutura de penas a qual elimina componentes ultra-sônicos que tanto poderiam trair a coruja em suas caçadas como atrapalhar a orientação acústica da própria ave.
Manifestações sonoras
É errôneo pensar que para aves noturnas, como corujas e bacuraus, a importância da comunicação acústica, tanto intraespecífica quanto interespecífica, seja maior do que para aves diurnas, concluindo da nossa incompetência visual no escuro.
O “canto”, emitido com frequência ou exclusivamente durante a reprodução, é para nós o melhor meio para a identificação específica.
Ambos os sexos cantam.
O casal de várias corujas, como por exemplo o Strix hylophila, canta em dueto ou diálogo e as estrofes diferem, até certo ponto, conforme o sexo;
A da fêmea pode ser um pouco diferente, mais alta e rouca.
A voz mais alta da fêmea (esta mais pesada que o macho) se explica pelo tamanho menor da siringe da fêmea.
Não abrem o bico quando gritam.
Uma vocalização singular é o “chocalhar” dos filhotes da buraqueira, um caso de mimetismo agressivo.
Isso significa que, os filhotes emitem barulhos que são muito parecidos com o guizo de uma cascavel, afastando assim possíveis predadores.
Já os filhotes de caburé (Glaucidium) emitem um “zisi, si, si”, lembrando o alarme do furnarídeo Lochmias.
Todas as corujas, mesmo os filhotes, estalam com o bico, batendo as mandíbulas.
Alimentação
Na alimentação dos representantes brasileiros predominam geralmente insetos (gafanhotos, besouros, baratas, etc.).
Espécies de porte maior e mais possantes apanham roedores, marsupiais (gambás), morcegos (inclusive vampiros, registrados como alimento de Rhinoptynx), lagartos e rãs.
A maior atividade caçadora das espécies noturnas desenvolve-se no crepúsculo e no começo da noite, até aproximadamente às 21 horas.
A orientação das corujas costuma ser mais acústica do que visual, portanto a audição é fundamental para encontrar suas presas.
Um fato curioso é que, as corujas muitas vezes devoram a presa inteira, sem limpá-Ia.
Quando preparam uma ave, costumam cortar o bico e os pés, que não engolem.
Hábitos
A buraqueira e Asio jlammeue são diurnas, também Glaucidium até certo grau.
Na sua maioria as corujas são crepusculares tal qual os bacuraus.
Há registros de O. choliba se aproveitando da iluminação artificial para caçar besouros.
Um hábito curioso é que, as corujas gostam de tomar banho na chuva.
A buraqueira, no entanto, toma banho de poeira, corre com rapidez pelo chão.
Reprodução
Criam em ninhos abandonados de outras aves.
Rhinoptynx e Bubo põem às vezes no meio do capim, no solo.
Ciccaba, Otus choliba e Glaucidium, em árvores ocas, o último também em buracos feitos por pica-paus.
No cerrado Otus choliba pode ocupar um cupinzeiro arbóreo furado por periquitos.
A buraqueira se instala em buracos no chão, é atraído por tocas de tatu e buracos na base de cupinzeiros terrícolas que o casal, se revezando, alarga.
Cava larga galeria mais ou menos horizontal, usando ambos os pés e (menos) o bico.
Forra a cavidade do ninho com esterco ou capim seco.
Asio fIammeus constrói o ninho no solo, aproveitando-se em primeiro plano do capim que cresce em torno do lugar escolhido.
Os ovos, frequentemente três, são quase redondos, cuja forma varia muito, até dentro da mesma postura.
A cor dos ovos é branca, embora os da buraqueira quando frescos, tenham urna leve tonalidade rosada.
A incubação da buraqueira é de 23 a 24 dias, a de Asio fIammeus 27 a 28 dias e a do corujão (Bubo) 4 semanas.
A fêmea costuma começar a chocar após ter posto o primeiro ovo, o que resulta em um tempo diferente da eclosão e tamanho bem diverso dos filhotes, diferenças ainda patentes quando a prole abandona o ninho, com 3 a 5 semanas.
Habitat
Sete dos onze gêneros que ocorrem no Brasil (Otus, Bubo, Glaucidium, Ciccaba, Strix, Asio e Aegolius) são encontrados também fora das Américas;
Certas espécies, corno Otus choliba e Rhinoptynx, vivem também dentro de cidades, desde que haja arborização suficiente (p. ex. certos bairros do Rio de Janeiro).
A buraqueira, espécie campestre, se aproveita do desmatamento, ocupou a área urbana.
Apareceu um casal de corujas em casa.Queria saber o nome.E maior do que a buraqueira.Dormem o dia inteiro
Tem as orelhinhas bem definidas,pelagem cinzenta.Lindas.
Olá Judite,
As corujas tem hábitos noturnos por isso dormem o dia todo.
Poderia ser uma coruja-de-orelha talvez? Mande uma foto para que possamos ajudar.
Olá…moro em Araraquara-SP e de vez em quando aparece uma ou duas corujas no muro de nossa casa, pelo que li do seu artigo e da aparência dela, parece ser a buraqueira, qual o motivo dela sempre se assentar no mesmo lugar? o que pode estar atraindo-a eventualmente?
Não consegui enviar foto por aqui…tem outro meio?
Olá Araujo,
Provavelmente é a buraqueira mesmo, ela pode ter ninho por perto e/ou estar encontrando alimento.
Você pode enviar pelo e-mail: [email protected] ou pelas redes sociais facebook: @pontobiologia insta: @pontobiologia
Teresa joia? eu achei uma corujinha no chão em um lote baldio perto da minha faculdade, ela não tem mais plumas e eu acho que ja tem todas as penas para poder voar, mas não sabe voar ainda. Ela é bem pequena e eu estou com medo de algum gato de rua pegar ela. Seria melhor pra ela trazer para casa e alimentar enquanto ainda não sabe voar ou deixar ela por lá mesmo?? obs: eu não sei qual a raça dela
Oi Mateus,
Pela descrição é muito provável que seja uma coruja buraqueira.
Observe se os pais estão por perto, caso seja uma buraqueira os indivíduos adultos defendem os filhotes.
Oooi Teresa, eu de novo. Eu voltei lá com um pouco de carne moída pra alimentar a corujinha e vi os pais dela, eles estavam dando rasantes e quase me acertaram kkkk, percebi que ela estava bem protegida e fiquei despreocupado. Larguei a carne lá em um canto e deixei as corujas em paz, estou bem mais despreocupado agora, muito obrigado pela ajuda!
Estavam defendendo o filhote, e vão fazer sempre que se sentirem ameaçadas. 😉
Oi!
Como diferencio o macho da fêmea de Otus choliba?
Tem alguma característica que fica fácil saber qual macho, qual é a fêmea?
Olá Drielly,
Não há um dimorfismo sexual (diferença física entre macho e fêmea) visível de fácil identificação.
Achei um filhote de coruja ontem à noite e nao sei oq fazer
Oi boa noite encontrei um filhote de rasga mortalha a família dele foi atropelada pelo trator aqui na fazenda e só restou uma peguei para criar e estou dando carne de boi normal já tem umas duas semanas ela eh bem pequena ta criando penas lisas agora e ela hj começou a encolher e não consegue segura o corpo e esta com a barriga bem inchada oque pode ser ela come normal mais a barriga dela tá bem grande e ela fica tremendo
Olá Thais,
Está mantendo ela aquecida? Tá dando água? A carne é moída? Depende também da quantidade que você dá e quantas vezes ao dia.
ola, boa tarde tenho 1 filhote de coruja trato dele com carne moida mais parece que não esta sendo suficiente. O que devo fazer?
Olá Alessandra,
Pode tentar complementar com ovo cozido e insetos.
Lembrando que manter animal silvestre em cativeiro é crime.
Como acontece a reprodução da Coruja-Buraqueira?
• Há dimorfismo sexual (machos e fêmeas são diferentes?)
• Como é o comportamento de acasalamento?
• A fecundação é externa ou interna?
• Qual o tempo de desenvolvimento dos filhotes antes do nascimento?
• Quantos filhotes são gerados a cada gestação?
• Os pais cuidam dos filhotes? Como?
Oi gostaria de enviar um imagem de coruja que fiz para poder identifica-la
Olá Caetano,
Pode enviar via e-mail ([email protected]) ou via facebook @pontobiologia
Olá! Moro em zona rural e achei uma corujinha caburé que ainda está começando a dar pequenos saltos. Como ela estava sendo ameaçada por um cachorro eu a recolhi. Estou dando carne moída e carne de frango. Quando posso devolvê-la para a natureza? Moro numa chácara, posso colocar algum tipo de casinha do lado de fora para ela? Ela é muito mansinha e aceita a comida com facilidade. Ela aprende a caçar sozinha? Ela fica dentro de casa por enquanto e a levo para fora um pouco no final da tarde, coloco-a num galho de árvore ou na grama. Ela fica ali, paradinha ou dá pequenos voos. Não gosto de animais presos e quero que ela fique livre, mas não sei qual é o melhor momento para deixá-la de vez do lado de fora.
Olá Vânia,
Se você a pegou quando estava aprendendo a voar, é muito provável que ela não tenha aprendido a se alimentar sozinha e com isso dificilmente ela sobreviverá bem quando você a soltar. Você pode deixa-lá de fora no fim de tarde/noite e observar se ela captura algum inseto ou roedor. Se ela conseguir ela ficará bem solta, se ela não conseguir capturar, você pode tentar jogar insetos para ela para que ela possa aprender. Quanto mais tempo você deixar ela dentro de casa, mais difícil é a reintrodução na natureza.
Encontrei uma Suindara na rodovia, pedi socorro a força verde que disseram que nada podiam fazer. Ñ prestaram socorro .Daí levei numa veterinária… estamos cuidando. Mas ñ sei como ela irá sobreviver se devolver ela na Mata. Ela está com o pescoço muito torto ,anda com muita dificuldade é ñ consegue mais comer sozinha. Pelo menos por enquanto. Queria ajuda, o que faço?
Olá Aline,
Há algum zoológico ou criadouro por perto? Geralmente são esses os lugares onde os órgãos ambientais deixam animais em fase de recuperação para posterior reingresso na natureza. Você pode também tentar contato com o IBAMA.
Ola, eu tenho um rancho na beira da represa em camargos( itutinga mg) e a 4 anos atras uma corujinha pequena malhadinha fez ninho em uma cabaça que coloquei na varanda para os canarinho. ela teve 2 bebes um foi jogado pra fora do ninho e morreu o outro ficou lindo e foi embora isso no ano de 2015, no ano de 2016 ela nao voltou, quando foi em 2017 ela voltou e teve seus bebes 2. uns 4dias antes de irem embora um bebe estava no chão eu o peguei com um pano e o devolvi para o ninho, a mae deu uma rasante na minha cabeça, no dia em que foram embora era dia das crianças o bebe estava no chao novamente eu fui para pega lo e devolver ao ninho mas ele voou para perto da mae, a mae estava proxima olhou pra mim deu um pio e voou. este ano estou esperando que ela volte adoro minha corujinha. Sera que é a mesma coruja que volta ou sera os bebes?
Olá Chrystine,
Pode ser a mesma coruja sim, até por apresentar o mesmo comportamento. Algumas corujas retornam ao local do ninho para chocar novamente.
Oi Tereza, entrou uma coruja na lareira de casa e os gatos a encontraram…eu peguei ela com um manta e achei q ela estava doente e morrendo ia levá-la ao veterinário, pois ela estava estática de olhos fechados, mas estava quente, de repente ela se levantou, abriu os olhos e voou. Esse comportamento é normal delas? Ao sentir ameaça se finge de morta?
Olá Kátia,
Não é um comportamento comum em corujas, pelo menos não nas selvagens.
Pode ser que ao entrar na lareira ela tenha batido em alguma coisa e ficou meio zonza.
Aparceu há poucas semanas duas corujas otus choliba na minha casa. tenho arvores grandes no quintal. Uma maior e mais escura e a menor mais clara. agora tenho visto só a maior que durante o dia flagro ela me olhando mexendo no jardim ou carramanchão por horas acompanhando meus movimentos no espaço. Gostaria de saber mais sobre o habito delas. Gostei da aproximação mas tb fiquei sem saber… será q é um casal, veio p procriar, estão observando essa especie que se move tanto que não sai do chão (eu – rsrs) para avaliar se o território é seguro… elas procriam em q época do ano? grata! adorei seu texto, com detalhes e cheio de curiosidades.
Olá Monica,
É uma das corujas mais comuns na cidade, a fêmea é pouca coisa maior que o macho, e normalmente é só essa a diferença entre eles. Têm hábitos crepusculares (fim de tarde/começo de noite) e se alimentam de grandes insetos como gafanhotos e mariposas. Geralmente buscam abrigo diurno em buracos em árvores, e não constroem ninhos, utilizam nichos de pica-pau abandonados ou ocos de arvores. Se reproduzem entre setembro e maio.
Oi, Teresa. Estou cuidando de um filhotinho, parece com dessa espécie buraqueira, estou alimentando com carne moída e farinha de casca de ovo… Ele está cada vez se alimentando melhor, já está fácil isso, mas eu percebo que ele fica muito com os olhos fechados, isso é normal? Estou ficando preocupada com isso
Olá Maria,
Mas em que momento isso acontece? Se por exemplo, é quando você não está interagindo com ele ou o alimentando, está tudo bem. Um dos hábitos da coruja buraqueira é manter os olhos fechados quando está tranquila. Só não é normal se ele mantiver fechado quando se alimenta ou quando você interage com ele.
Olá Teresa amei a sua matéria sobre corujas ! Sou apaixonada por corujas não por crenças e sim pelas características que possuí . Sucesso em seus trabalhos de pesquisa e contribuição para uma consciência de que é preciso cuidar da biodiversidade , espécie do nosso planeta !!
Olá Lucimara,
Muito obrigada! ❤
Oi Prof. Teresa. Gostei muito do seu texto sobre características das corujas. Em 2001, durante minhas caminhadas no Lago Sul em Brasília gostava de observar o comportamento das corujas. Muitas tocas no meu percurso. Sempre quis pesquisar e conhecer um pouco mais, mas somente agora comecei a ler a literatura publicada no Google. Talvez você tenha respostas para as minhas indagações.
1) Observação: guardando a toca, sempre duas corujas, que imaginei ser o pai e a mãe. Quando você começa a se aproximar, bem devagar para não assustá-las, você as cabecinhas dis filhotes se adentrando não toca. O pai e a mãe resistem à sua aproximação até um certo ponto. Em determinado momento,, uma das corujas via voa e se distancia da tica. Mas se mantém atenta no chão. A outra resiste um pouco mais, até que voa e alcança um galho da árvore mais próxima e ali fica observando o possível agressor. Se você continua se aproximando da toca, a coruja que está no galho começa a gritar. E grita tanto que joga o corpo para frente e para trás. Enfim, o grito é acompanhado desse movimento.
Pergunta: quem voa primeiro e se mantém no chão e quem permanece mais tempo guardando a toca e finalmente voa até alcançar um galho de árvore e gruta até expulsar o observador das proximidades de sua toca ou mais propriamente de seus filhotes que estão dentro da toca.
Tenho mais perguntas, mas vamos por etapa.
Obrigada. Parabéns pelo seu texto. Me ajudou muito a entender um pouco
Olá Sáuria,
Em termos de comportamento defensivo das crias não há diferença entre machos e fêmeas, ambos podem fazer isso. O grito que você relata é o alarme para que os filhotes entrem no ninho enquanto os adultos voam para pousos expostos. Além de emitirem sons, movimentam a cabeça, para baixo e para cima, como uma forma de assustar o invasor. Podem ainda darem voos rasantes caso se aproxime muito do ninho. Os filhotes também emitem sons, quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.
Olá!
Queria saber se as corujas possuem pênis e vaginas ou cloacas
Olá Eduardo,
Na maioria das espécies, as aves masculinas tem dois testículos localizados no interior da cavidade abdominal, um par de pequenos epidídimos e um par de ductos deferentes, fixados à parede dorsal do corpo, desembocando num pequeno pênis na região dorsolateral da cloaca. Já as fêmeas tem somente um ovário esquerdo e um oviduto associado, terminando numa cloaca.
Olá Teresa. Tenho uma corujinha do mato que está com 3 aninhos. Ela se alimenta basicamente de tenébrios e pedacinhos de carne. Sempre cantou muito a noite e tb nos horários da alimentação. De uns dias pra cá ela não canta mais. O único som que ela emite são pios bem baixinho. E ela tem permanecido com olhos fechados muitas das vezes que vamos alimentá-la e às vezes nem quer o alimento. Estamos preocupados pq nada aconteceu de diferente na rotina dela. O que eu faço?
Olá Rosemary,
Pode ser infecção por parasita. Precisa levar ao veterinário para que seja medicado.
Se possível, posso receber a resposta tb por email ?
É só marcar a opção “Notifique-me sobre novos comentários por e-mail.”
Oi Teresa,
Ontem eu estava aguando minhas plantas, quando escutei um barulho, como um estalar. Procurei em volta e achei uma coruja pousada na antena perto da minha varanda. Ela estava me olhando e fazia esse barulho, tipo estalando o bico. Conversei com ela, ela ficou me olhando mas não voou. Por que a coruja faz esse barulho? Ela queria chamar minha atenção? Ou estava com medo? Obrigada
Olá Carla,
Provavelmente tem ninho por perto e queria afastar você.