O mar ocupa cerca de 70% da superfície do planeta e abriga aproximadamente 230.000 espécies.
Muitas das espécies conhecidas (377 aproximadamente) estão em perigo ou criticamente em perigo.
As maiores ameaças à vida marinha são:
Mais de 80% da poluição marinha provem das atividades humanas desenvolvidas em terra, e que chega aos oceanos de forma acidental ou deliberada.
Estes poluentes tem as mais diversas origens, desde sacos plásticos a pesticidas passando por esgotos não tratados e por químicos tóxicos.
Os plásticos (artes de pesca, boias, garrafas, sacos plásticos, balões, plásticos de embalagens, palhinhas, hastes de chupa-chupa, etc.) são atualmente reconhecidos como uma das mais importantes e preocupantes fontes de poluição do meio marinho.
E tem efeito global em toda a biodiversidade.
Estima-se que existam 250.000 toneladas de plásticos, espalhados pelos oceanos do planeta.
Para se ter uma ideia, é como se uma carga de caminhão de lixo cheio de plástico fosse despejada no mar por minuto.
No ranking dos 20 países que mais contribuíram para este cenário, o Brasil é o único país da América Latina, ocupando o 16° lugar.
Ganhando dos EUA – que apesar de produzir mais lixo por pessoa, tem um sistema de gerenciamento de resíduos sólidos mais eficaz.
Mais recentemente, o mar do Caribe foi considerado o segundo mais contaminado do mundo.
Perdendo apenas para o Mediterrâneo.
O plástico está longe de ser descartável! Principalmente no mar
É altamente resistente, afeta os organismos e demora séculos para desintegrar na natureza.
Devido a ação da luz solar e da água, o plástico é degradado em pequenos ou até minúsculas partículas, formando o micro plástico.
Os organismos menores, como plânctons e crustáceos se alimentam deste micro plástico, se intoxicam.
E, consequentemente, acontece o mesmo ao serem consumidos por pequenos peixes.
O processo vai se repetindo até chegar aos grandes peixes, como o atum, e, finalmente ao próprio ser humano.
Aproximadamente 1.000.000 (um milhão!) de aves marinhas morrem por ano devido às consequências da ingestão, lesões ou sufocamento por plásticos.
Assim, além de causar a morte de diversas espécies marinhas, o plástico pode se espalhar na cadeia alimentar, chegando até nós, seres humanos.
Não há ainda estudo sistematizado que demonstre a presença de plástico em alta escala em nosso organismo.
Mas alguns pesquisadores na Inglaterra e Bélgica acreditam que 90% da população ocidental tem algum nível de plástico, ou produto químico oriundo de sua produção, acumulado no organismo.
Que podemos fazer para minimizar estes problemas?
Reduzir a utilização de plásticos (sacos plásticos, embalagens de comida, etc.).
Quando os tivermos de utilizar, optar por plásticos ecológicos (biodegradáveis ou recicláveis).
A utilização de plásticos biodegradáveis na agricultura (culturas e silagens) permitiria em muito a redução dos resíduos plásticos produzidos anualmente.
Evitar as largadas de balões (muito em voga para celebração de algum evento) e a utilização de balões em geral.
Estes balões acabam por cair no mar!
Acondicionar de forma adequada os resíduos plásticos para que não sejam levados pelo vento e pelas águas.
E não jogar lixo fora dos lugares destinados.
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