Os vírus são diferentes de outros seres vivos, pois não apresentam organização celular.

São formados, basicamente, de um envoltório de proteína ou capsídeo composto de unidades chamadas apsômeros.

Ao redor do material genético, que pode ser o RNA ou DNA, nunca os dois ao mesmo tempo.

Alguns vírus possuem um envoltório externo de lipídeos ou glicídeos sobre a capa de proteína.

Utilizam-se do mecanismo de síntese das células para poderem realizar sua reprodução ou ciclo infeccioso.

O que os torna parasitas intracelulares obrigatórios e, consequentemente, patogênicos.

Quando estão fora das células atacadas e, portanto, não estão se reproduzindo, não manifestam nenhuma atividade vital.

São insensíveis aos estímulos, não sintetizam substâncias, não crescem, são inertes e podem se cristalizar.

A maior parte dos vírus é muito menor que as menores bactérias.

Com bem menos de 1 μm (1 micrômetro, equivalente à milésima parte de um milímetro) e 1 nm (1 nanômetro, equivalente à milésima parte de 1 μm).

No entanto, alguns vírus podem ter mais de 1 μm, sendo maiores que algumas bactérias.

Um exemplo é o vírus popularmente chamado de Ebola, que tem 970 nm (ou 0,97 μm).

Sendo maior que as bactérias do gênero Mycoplasma, causadoras de alguns tipos de pneumonia e que possuem geralmente 0,3 μm (ou 30 nm) de diâmetro.

As bactérias, grupo abundante de organismos unicelulares e microscópicos, não têm núcleo diferenciado.

E se reproduzem por divisão celular simples.

Pertencem ao reino Monera, também conhecido como organismos procariontes.

bactérias

Bactérias são todas iguais?

Assim como os vírus existem diferentes tipos de bactérias.

E elas são classificadas de acordo com vários critérios:

Por sua forma:

  • em cocos (esféricas),
  • bacilos (forma de bastão),
  • espiroquetas e espirilos (com forma espiral);
  • Segundo a estrutura da parede celular;
  • pelo comportamento que apresentam diante da coloração de Gram;
  • em função da necessidade ou não de oxigênio para sobreviver (aeróbias ou anaeróbias);
  • E segundo suas capacidades metabólicas ou de fermentação.

Nem todas as bactérias têm capacidade de movimento.

Mas as que o fazem se deslocam graças à presença de apêndices filamentosos denominados flagelos.

Estes podem se localizar por toda a superfície celular, em apenas um ou em ambos os extremos, e podem estar isolados ou reunidos em grupo.

O material genético da célula bacteriana é formado por uma fibra dupla de DNA circular .

Muitas bactérias possuem também pequenos DNAs circulares chamados plasmódios, que carregam informação genética, mas na maioria das vezes não são essenciais na reprodução.

As células bacterianas se dividem por fissão.

Ou seja, o material genético se duplica e a bactéria aumentada se divide pela metade, formando duas células-filhas idênticas à célula-mãe.

Em condições favoráveis, se a divisão ocorre uma vez a cada 30 minutos.

Transcorridas 15 horas uma única célula terá originado milhões de descendentes.

Esses grupos, chamados colônias, podem ser observados a olho nu.

O lado bom das bactérias

Existem quase 200 espécies de bactérias patogênicas, isto é, causam enfermidades no ser humano.

Mas as bactérias não são responsáveis apenas por doenças.

São importantes também para a decomposição ou deterioração da carne, do vinho, das verduras, do leite e de outros produtos de consumo diário.

A capacidade de fermentação de certas espécies é aproveitada na produção de queijo, iogurtes, temperos e embutidos.

Sua ação pode causar mudanças na composição de alguns alimentos e estragar lhes o sabor.

Além disso probióticos regulam a microbiota intestinal, além de contribuir para melhor digestão e absorção de nutrientes.

As cepas probióticas também melhoram o sistema imunológico e exercem uma função antimicrobiana a partir da produção de muco.

Vírus que melhoram a saúde?

Estudos recentes indicam que há comunidades de vírus bacteriófagos, literalmente devoradores de bactérias, vivendo entre micróbios na microbiota intestinal.

Os bacteriófagos do sistema digestivo vivem em estado latente dentro das bactérias.

O estudo identificou fragmentos de DNA viral de dezenas de espécies de bacteriófagos incrustados no genoma dos micróbios.

Eles podem entrar em uma fase ativa, quando começam a se replicar e aniquilam as bactérias.

A partir de estudos como esse devemos considerar os vírus não só como causadores de doenças.

Mas também, possivelmente, que sejam benéficos para a saúde humana desde que em equilibro.