O termo bioluminescência (do grego: bios vida e do latim: lumem luz) significa a capacidade de um determinado organismo gerar luz fria.

Na natureza, dependendo do grupo, são observadas diferenças nos mecanismos químicos que resultam nessa atividade.

Porém, a luciferina e luciferase estão presentes em todas as reações dessa natureza.

Esse fenômeno ocorre em uma grande diversidade de organismos.

Como por exemplo:

  • Cnidaria (hidrozoa, scyphozoa e antozoa),
  • Ctenophora,
  • Mollusca (gastrópodes, bivalves e cefalópodes),
  • Annelida (poliquetas e oligoquetos),
  • Arthropoda (insetos, crustáceos e miriápodes),
  • Echinodermata e
  • Chordata (urocordados e peixes). 

Para que serve a bioluminescência?

A bioluminescência pode ser utilizada para comunicação intraespecífica.

Cujo intuito principal é o de atração da eventual presa para uma emboscada.

Ou o contrário, o mimetismo para desestimular um predador, imitando outro animal.

Ou simulando um tamanho corpóreo maior que o real, ambos associados a um comportamento defensivo.

Peixes abissais ainda utilizam o recurso com forma de iluminar, como uma lanterna, o crepúsculo marinho.

As fêmeas dos vagalumes escolhem o parceiro sexual através da sequência de luz emitida pelo macho.

Como ocorre a bioluminescência

bioluminescênciaA hipótese da origem da bioluminescência bacteriana, segundo estudiosos, está associada ao inicio da história biológica terrestre.

Onde as formas de vida predominantes eram as bactérias anaeróbias.

Para essas bactérias, o gás oxigênio é tóxico.

E com o aumento da quantidade livre desse gás na atmosfera, resultante da respiração das novas formas de vida, foi preciso desenvolver um mecanismo para metabolizar a molécula de O2.

Gerando o fenômeno que conhecemos como bioluminescência, que perdura até hoje.

A bioluminescência só é possível graças a um processo de transformação de energia química em energia luminosa.

Uma reação química, com a catalisação e oxidação de uma proteína.

Dentro de células chamadas fotócitos encontramos uma proteína chamada luciferina que é energizada com a ajuda da enzima luciferase.

Ao liberar essa energia acumulada, a molécula de luciferina produz a luz que vemos.