Os golfinhos, embora pareçam peixes grandes, são mamíferos aquáticos que pertencem ao grupo dos cetáceos, o mesmo das baleias.
Popularmente, são também chamados de botos em algumas regiões, mas essa denominação não reflete uma diferença biológica, mas sim uma variação regional.
Golfinhos e botos são, na verdade, a mesma espécie, e não existem diferenças anatômicas ou fisiológicas que possam separá-los.
Portanto, as distinções entre golfinhos e botos são, em sua maioria, baseadas em terminologias locais, sendo o termo golfinho mais utilizado para os animais de água salgada e boto para os de água doce, embora essa distinção não tenha base científica.
Existem mais de 35 espécies de golfinhos ao redor do mundo, as mais comuns são o golfinho-comum (Delphinus delphis) e o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), o qual é frequentemente visto em aquários e parques marinhos.
Em termos de tamanho, a maioria dos golfinhos mede de 2 a 3 metros de comprimento, mas algumas espécies podem atingir até 4 metros.
Sua pele é lisa, flexível e geralmente tem uma coloração que varia entre preto, branco e cinza, com um padrão que pode mudar conforme a espécie e a idade do golfinho.
A forma do corpo, adaptada para nadar, é bastante aerodinâmica, com duas nadadeiras laterais e uma barbatana dorsal triangular.
Os golfinhos são mamíferos respiratórios, ou seja, precisam vir à superfície da água para respirar.
Eles possuem uma narina chamada espiráculo, localizada no topo da cabeça, por onde respiram rapidamente e de forma eficiente.
Sua habilidade para manter a respiração enquanto nadam é impressionante, e em algumas espécies, eles podem ficar submersos por vários minutos.
Um dos aspectos mais fascinantes dos golfinhos é a sua inteligência.
São inclusive conhecidos por sua habilidade em aprender e resolver problemas, além de serem brincalhões e sociais.
Um exemplo notável de comportamento inteligente é observado em algumas espécies na Austrália, onde os golfinhos usam esponjas marinhas como ferramentas.
Eles agarram as esponjas que crescem no fundo do mar e as colocam sobre o bico para se protegerem contra os ferimentos causados pelas pedras e corais enquanto buscam alimento.
Essa técnica de “uso de ferramentas” é transmitida de mãe para filho, evidenciando a aprendizagem cultural entre os golfinhos.
Em termos de estrutura social, os golfinhos vivem em grupos organizados e apresentam hierarquias sociais, além de manterem uma comunicação constante por meio de sons complexos, como cliques, assobios e outros tipos de vocalizações.
Os golfinhos também são conhecidos por sua habilidade em usar ecolocalização, um tipo de sonar natural, para caçar e se orientarem no ambiente subaquático.
Se reproduzem sexualmente e, após um período de gestação de cerca de 10 a 12 meses, as fêmeas dão à luz a um único filhote por vez.
O recém-nascido é empurrado pela mãe até a superfície da água, onde dá sua primeira respiração.
O leite materno é rico em gordura, o que ajuda o filhote a crescer rápido e ganhar resistência nas águas frias.
A amamentação dura de 6 a 18 meses, dependendo da espécie.
Em algumas espécies, os golfinhos podem viver até 30 anos, mas a média de vida varia entre 20 e 25 anos.
Como predadores, os golfinhos são carnívoros e se alimentam principalmente de peixes e lulas.
Eles caçam de maneira coordenada, usando estratégias em grupo para cercar e capturar suas presas.
Sua dieta depende da abundância de alimentos no ambiente, e eles são conhecidos por sua habilidade em caçar em equipe.
Para sobreviver, precisam de uma alimentação constante e variada.
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