Uma opção de anticoncepcional hormonal não muito popular, principalmente pelo preço, é o implante.

Já ouviu falar deles?

Os implantes são pequenas cápsulas ou hastes plásticas, do tamanho aproximado de um palito de fósforo.

Essas cápsulas liberam progestógeno semelhante ao hormônio natural progesterona existente no corpo da mulher.

É colocado com um profissional devidamente treinado para este fim.

É necessário um pequeno procedimento cirúrgico para inserir os implantes sob a pele no lado de dentro do antebraço da mulher.

Não contêm estrógeno.

E, por isso, podem ser utilizados durante toda a amamentação.

E também por mulheres que não podem utilizar métodos com estrógeno.

Há muitos tipos de implantes, como por exemplo:

Jadelle: 2 hastes, eficaz por 5 anos.

Implanon: 1 haste, eficaz por 3 anos (há estudos em andamento para verificar se dura 4 anos).

Norplant: 6 hastes de silicone. Indicação de 5 anos de uso.

Sinoplant: 2 hastes, eficaz por 5 anos.

implante

E como funciona esse implante?

Basicamente provocando espessamento do muco cervical.

Ou seja, produz um bloqueio que impede o esperma de chegar até um óvulo.

Também promove a interrupção do ciclo menstrual.

O que impede a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação), assim como o anticoncepcional tradicional.

O progestativo é libertado lentamente.

Eficácia

Ocorre menos de 1 gravidez por 100 mulheres que utilizam implantes no primeiro ano (5 para cada 10.000 mulheres).

Isto significa que 9.995 de cada 10.000 mulheres que usam implantes não ficarão grávidas.

Um pequeno risco de gravidez permanece após o primeiro ano de uso e continua durante o tempo em que a mulher estiver utilizando implantes.

Acima de 5 anos de uso de Jadelle: cerca de 1 gravidez por 100 mulheres

Acima de 3 anos de uso de Implanon: menos de 1 gravidez por 100 mulheres (1 para cada 1.000 mulheres)

Acima de 7 anos de uso de Norplant: cerca de 2 gravidezes por 100 mulheres

Os implantes Jadelle e Norplant começam a perder eficácia mais cedo para mulheres acima do peso.

Assim como os anticoncepcionais tradicionais, o implante também tem benefícios e malefícios, vamos a eles:

As vantagens do implante

A utilização é prática e o efeito de longa duração.

É ideal para quem tem dificuldade em lembrar de tomar o anticoncepcional no horário correto e/ou todos os dias.

Não tem os efeitos secundários dos estrogênios.

Melhora a cólica menstrual.

E não tem efeitos significativos sobre os fatores de coagulação, a fibrinólise, a pressão arterial ou a função hepática.

Além disso, não mostrou ter efeitos adversos sobre a massa óssea.

As desvantagens

Além do custo relativamente alto, o ciclo menstrual pode ficar irregular.

Ou seja, podem ocorrer muitos escapes, muito fluxo ou ausência total de menstruação.

E se você fica ansiosa com mudanças no ciclo, pode acabar se desesperando sem motivo real.

Assim como em outros anticoncepcionais, algumas mulheres sofrem um ligeiro aumento de peso.

E além disso, podem ocorrer outros efeitos colaterais chatinhos.

Como por exemplo: manchas na pele, dor de cabeça, náuseas, dor nas mamas e variações de humor.

Também pode ocasionar o aparecimento de quistos foliculares nos ovários.

Mas não se preocupe, geralmente não exigem tratamento.

E necessita de um profissional treinado para a inserção e remoção.

Quando voltar ao médico

É importante fazer o acompanhamento médico, assim como nos demais anticoncepcionais.

Mas é especialmente indicado voltar ao médico caso sinta dor, calor, tenha pus ou vermelhidão no local da inserção.

E que não apresente melhora.

Ou ainda caso você note uma haste saindo pela pele.

Um outro fator importante estar atento e buscar orientação médica é o ganho de peso.

Caso você ganhe muito peso como efeito colateral, o efeito poderá ser por um período menor.