Nosso corpo morre quando não há mais nenhuma atividade neurológica ou quando temos uma parada cardíaca e circulatória irreversível às manobras de ressuscitação e outras técnicas.

A morte do corpo constitui um processo que se inicia nos centros vitais cerebrais ou cardíacos e se propaga, progressivamente a todos os órgãos e tecidos.

Ocorrendo inicialmente à morte funcional e depois a morte tissular.

Se a morte acontece pela ausência de vida de todos os órgãos que formam um organismo, o que acontece biologicamente com o nosso corpo quando a força vital acaba?

O processo de decomposição no corpo humano possuí diferentes estágios.

Descrevemos aqui os estágios de decomposição do corpo humano.

Momento da morte

  • O coração para
  • A pele fica dura e de cor pálida
  • Todos os músculos relaxam
  • A bexiga e intestino esvaziam
  • A temperatura corporal começa a cair 1 grau e meio (Fahrenheit) por hora

30 minutos após a morte

  • A pele fica roxa e ‘cerosa’
  • Os lábios e unhas da mão e do pé ficam com uma cor pálida
  • “Piscinas de sangue” surgem na parte inferior do corpo
  • As mãos e os pés ficam azuis
  • Os olhos afundam no crânio

4 horas após a morte

  • Rigidez cadavérica começa a aparecer
  • O tom roxo da pele e piscinas de sangue continuam a aparecer
  • A rigidez continua a apertar os músculos do corpo por mais 24 horas.

12 horas após a morte

  • O corpo entra em plena rigidez cadavérica

24 horas após a morte

  • O corpo fica na temperatura ambiente
  • Nos homens, o sêmen morre.
  • A cabeço e o pescoço já possuem uma cor azul-esverdeada
  • O azul-esverdeado começa a se espalhar pelo resto do corpo
  • O corpo já possui um forte cheiro de carne podre

3 dias após da morte

  • Os gases presentes nos tecidos do corpo formam vesículas na pele
  • O corpo começa a inchar grotescamente
  • Fluídos começam a vazar da boca, nariz, vagina e reto.

A Rigidez Cadavérica

Do latim Rigor Mortis.

É um sinal reconhecível de morte causado pela mudança bioquímica nos músculos.

Causando um endurecimento dos músculos do cadáver, impossibilitando de mexê-los e manipulá-los.

Esse endurecimento acontece horas após a morte e volta, espontaneamente, depois de dois dias.

O tempo de início e duração depende da temperatura ambiente em que o cadáver está.

Outros fatos curiosos sobre a decomposição humana

Com a ação das bactérias e larvas, os órgãos acabam se desprendendo da estrutura corporal e se desmancham.

Os órgãos que se decompões mais rápidos são:

  • os pulmões, que possuem tecidos finos.
  • os intestinos, por já possuírem bactérias que ajudam na digestão.
  • e o pâncreas, onde enzimas agem na decomposição.

Um dos órgãos que mais demora para se decompor é o fígado, já que é um dos maiores órgãos do corpo humano.

As células cerebrais morrem dentro de 3 a 7 minutos após a morte.

Dias depois, gases de decomposição invadem os órgãos e os tecidos do cérebro começam a se desmanchar.

Fazendo com que o cérebro se torne uma massa cinzenta até virar um líquido viscoso com cor de argila, que acaba escorrendo pelas narinas.

Os olhos, além de afundarem, acabam se desidratando.

A córnea cria uma espécie de “tela” viscosa esbranquiçada, parecida com um véu.

Com a falta de oxigênio, o sangue começa a coagular depois de 8 a 12 horas após a morte.

E acabam ficando com uma consistência semelhante a de goiabada.

Além disso, por conta da gravidade, o sangue acaba se concentrando na parte de baixo do corpo, como as costas, penas e pés, causando as “piscinas de sangue”.

Apesar da falta de irrigação sanguínea pelo corpo, o cabelo, pelos e unhas não percebem essa falta.

O que faz com que eles continuem crescendo (0,5 cm) até a decomposição completar 24 horas. 

morre

Quanto tempo leva para um corpo se decompor?

Muitos fatores ajudam ou atrapalham na decomposição, como o ambiente, temperatura, presença de animais e etc.

O corpo exposto ao ar livre, acima dos 20º graus (Célsius), o tempo de decomposição dura de 2 a 6 semanas.

A presença de insetos carniceiros e animais carnívoros ajuda a acelerar este processo.

Os ossos desaparecem, completamente, depois de dois anos.

Caso o cadáver seja enterrado, sua decomposição será mais lenta.

Caso o corpo seja enterrado entre 60 cm e 1 m de profundidade, levará de 9 a 12 meses para se decompor.

Os ossos sumirão depois de quatro anos.

Agora, caso o corpo esteja protegido, seja em um caixão ou plástico, este tempo pode ser multiplicado por 6.

Onde o ambiente é de extremo calor, como em um deserto, o clima seco ajuda a mumificar o cadáver.

A pele e os tendões são transformados em um tecido, parecido com um pergaminho, que protege os ossos do corpo enquanto os órgãos entram em putrefação.

A falta de umidade e ação de moscas e insetos carniceiros fazem com que o processo seja mais lento, podendo chegar a milhares de anos.

Em ambientes mais úmidos como um pântano, vários fatores ajudam no retardamento do processo de decomposição.

A flora típica, a falta de oxigênio e a presença de minerais que inibem a proliferação de bactérias tornam o pântano uma espécie de formol natural.

O corpo humano acaba criando uma substância, chamada de adipocera.

Que converte os tecidos gordurosos em uma cera que protege os órgãos internos do cadáver.

Agora, caso o cadáver seja deteriorado no mar, ao chegar em solo rochoso, e em grandes profundidades, o frio e a pressão extrema presente fazem com que o corpo seja preservado por até uma década.

Já em regiões onde o frio é extremo, o tempo de decomposição é indefinido.

O frio praticamente anula as atividades das bactérias e ‘desativa’ a autólise.

O corpo diminui de tamanho e acaba ganhando uma cor alaranjada com partes acinzentadas.