Provavelmente, em uma tarde de frio, entre cobertores, pipoca amanteigada e nostalgia, você assistiu ao filme “Orca: a baleia assassina” (1977).
Se não assistiu, provavelmente escutou algum parente relembrando em um jantar familiar.
E falando sobre a grandiosa e selvagem “baleia” título.
Mas e se eu dissesse que a orca não é uma baleia?
Sua imponência no oceano, sua estrutura com mais de 8 metros (machos podem chegar a 10 metros!) e mais de 10 toneladas, rasgando o oceano salgado com sua dualidade de cores.
Assim como sua força e tamanho, as lendas cantadas nos mares e obras ficcionais, certamente foram os principais responsáveis por essa confusão histórica difundida popularmente.
Mas, se não é uma baleia, o que a orca é?
Pode não parecer, mas a orca é um golfinho.
São pertencentes a ordem dos cetáceos, exclusivamente de animais mamíferos e marinhos com distribuição em todos os oceanos.
Essa ordem é dividida em duas subordens: odontocetos e misticetos.
A orca pertence à subordem dos odontocetos que incluem os narvais e os golfinhos.
São cerca de 35 espécies, como por exemplo o narval (Monodon monoceros) e o boto-cinza (Sotalia guianensis), esse último muito comum em águas brasileiras.
O que caracteriza principalmente essa família é a presença de dentes ósseos verdadeiros, úteis para sua dieta predatória.
As baleias, também conhecidas como misticetos, possuem em seu lugar “barbatanas filtradoras”.
Que são estruturas com composição semelhante à encontrada em nossas unhas e cabelos, realizando sua alimentação principalmente através de seu eficiente processo filtrante.
Enquanto que, os odontocetos, além da dentição possuem também como característica o crânio assimétrico e uma ecolocalização extraordinária.
O que é uma estratégia para percepção do oceano ao entorno, suas texturas e variâncias, sendo utilizado para se localizar e caçar.
As orcas podem viver mais de 30 anos.
São conhecidas pela sua velocidade, que pode superar os 55 km/h, sendo considerado o golfinho mais rápido!
Elas vivem em bando e são animais carnívoros, assim, é parte de sua dieta peixes, lulas e até mesmo pinguins.
As orcas são uma das poucas espécies de mamífero que entram em menopausa (assim como os humanos).
As mais velhas também chamadas de “matriarcas” possuem maturidade reprodutiva limitada.
A orca que não é uma orca
Também conhecida como falsa-orca (Pseudorca crassidens) esse mamífero marinho pode ser confundida com a orca (Orcinus orca) por olhos desatentos pela sua semelhança.
Mergulhando em mares temperados, sua coloração é acinzentada (ao contrário da orca que é preto e branca).
E é bem menor que a “verdadeira”.
Também são carnívoros e vivem em bandos.
E embora o registro seja raro, já foram avistadas em águas brasileiras.
Deixar um comentário