Mais uma doença causada por vírus tem ocupado os noticiários recentes, dessa vez o surto de sarampo.
Você já sabe o que é sarampo e como se proteger?
Então vamos entender melhor o que está acontecendo.
Por que estamos vivendo um surto de sarampo?
O estado de São Paulo já contabiliza 484 casos.
363 deles só na cidade de São Paulo.
Esse novo surto teve inicio após pessoas contraírem o vírus dentro de um cruzeiro que atracou no porto de Santos.
Pessoas recém chegadas da Europa também desenvolveram a doença.
Então estima-se que o vírus circulante tenha sido “importado” da Europa através das pessoas.
Mas por que isso acontece?
Por falta de vacinação, principalmente.
Nessa onda antivacina, muita gente tem deixado de seguir o calendário de vacinação recomendado.
E com isso tem trazido de volta surtos de doenças que já haviam sido erradicadas.
Como por exemplo o sarampo, pólio, difteria e rubéola.
O argumento de muita gente que é adepto ao movimento antivacina é o de que “não tomei vacina e não fico doente, então não faz diferença.”
Mas na realidade o que acontece é o chamado de imunidade rebanho ou imunidade coletiva.
É a resistência de um grupo ou população à introdução e disseminação de um agente infeccioso.
Ou seja, quando existe na população uma elevada proporção de pessoas vacinadas, a disseminação de doenças é controlada.
Transmissão e sintomas do sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade.
É causado por um vírus da família Paramixoviridae, gênero Morbillivirus.
O principal sintoma do sarampo é a febre alta, acima de 38,5°C.
Seguido por erupção cutânea caracterizado por uma área vermelha, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema).
Principais sinais e sintomas do sarampo:
As manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos
Período de infecção
Dura cerca de sete dias, onde surge a febre, acompanhada de tosse seca, coriza, conjuntivite e fotofobia.
Do 2° ao 4° dia desse período, surgem as manchas vermelhas, quando se acentuam os sintomas iniciais.
Além disso, o paciente apresenta prostração e lesões características de sarampo.
Como por exemplo, irritação na pele com manchas vermelhas, iniciando atrás da orelha (região retroauricular).
Remissão
Caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre.
A erupção na pele torna-se escurecida e, em alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome de furfurácea.
Período toxêmico
O sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana.
Por isso, são frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os dois anos de idade, em especial as desnutridas e adultos jovens.
A ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento das erupções na pele, é um sinal de alerta.
O que pode indicar o aparecimento de complicações.
Quais são as complicações do sarampo?
As complicações mais comuns do sarampo são:
É durante o período de erupções cutâneas que, geralmente, se instalam as complicações sistêmicas, embora a encefalite possa aparecer após o 20º dia.
As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como: diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento.
O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.
IMPORTANTE
A ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento da erupção cutânea, é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento de complicações.
Tratamento
O tratamento do sarampo é baseado em medicações que apenas amenizam os sintomas da doença.
Podem ser utilizados antitérmicos, ser feita a hidratação oral, a terapia nutricional com incentivo ao aleitamento materno (em caso de crianças) e higiene adequada dos olhos, pele e vias aéreas superiores.
As complicações bacterianas do sarampo devem ser tratadas especificamente com antibióticos adequados para cada quadro clínico.
Quem precisa tomar a vacina
Todas as pessoas que não tenham o registro da vacina contra o sarampo em suas carteiras de vacinação devem ser vacinadas.
O esquema vacinal contra o sarampo para crianças é de uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses (a tetra viral) de idade.
Quem não tomou a vacina quando criança, até os 29 anos, deve receber duas doses da tríplice ou tetra viral.
Dos 30 aos 49 anos é recomendada uma dose única, da tríplice ou tetra viral.
Quem já tomou a vacina contra sarampo precisa tomar de novo?
Não é preciso, uma vez que não há prazo de validade para a imunização.
No entanto, se você estiver em regiões onde está acontecendo um surto da doença, é recomendado tomar a vacina, mesmo já tendo se vacinado quando criança.
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