Gambá, gambá-de-orelha-branca, gambá-de-orelha-preta, timbú, mucura, sariguê, saruê, micurê, cassaco, raposa ou raposinha.

Em tupi, pronunciado gã–bá, possui o significado “saco vazio”, por causa do marsúpio.

Os gambás pertencem ao grupo dos marsupiais, animais que possuem, na barriga, uma estrutura em forma de bolsa, chamada de marsúpio, onde o embrião se desenvolve.

Os marsupiais mais conhecidos são os cangurus, que habitam a Oceania.

Sim, os gambás são “parentes” dos cangurus!

A reprodução dos gambás é bem diferente dos outros mamíferos, já que o feto fica apenas 13 dias no útero, onde se formam as patas dianteiras.

Depois disso, atraído pelo cheiro do leite da mãe, o filhote sai do útero e engatinha até o marsúpio.

Nessa fase, o gambazinho já é capaz de mamar.

Quando mais velho, o filhote costuma dar pequenos passeios fora da bolsa para comer outros alimentos, inclusive insetos.

Com aproximadamente 90 dias de vida ele já está totalmente formado, pronto para sair do marsúpio e sobreviver sozinho no ambiente.

São animais solitários que formam casais em época de reprodução, o que ocorre por volta de três vezes ao ano, gerando cerca de 10 a 20 filhotes.

Em geral apresentam coloração cinza, com pelos em duas camadas, a inferior tem pelos claros ou brancos e a camada superior de pelos pretos grossos.

Orelhas claras com faixa preta na face que inclui os olhos.

Corpo de até 70 cm.

Cauda comprida e preênsil coberta de pele grossa e nua com pelos apenas na base.

Possuem glândula sob a cauda que produz substância de odor característico, secretada para marcar território ou durante o cio para atrair o parceiro.

Tem hábitos crepusculares ou noturnos.

E vivem em matas, florestas e cidades, sendo arborícolas e terrestres.

Podem se alimentar de invertebrados (como escorpiões) e mesmo pequenos vertebrados, como roedores, lagartos, e serpentes de modo o propiciar uma primeira linha de defesa em sua residência contra visitantes indesejados.

Ajudam a natureza espalhando sementes, além de contribuírem como controladores de pragas ao se alimentarem.

São inofensivos, mas ao se sentirem ameaçados podem morder.

Existe a possibilidade de transmissão de raiva pela mordida e leptospirose pela urina, embora não seja comum casos de contaminação.

Você sabia?

Os gambás da américa do sul são resistentes a mordidas de cobras como jararaca e cascavel pela presença de proteínas antiofídicas, chamadas DM43 e DM64, no seu sangue, que têm a capacidade de neutralizar o efeito tóxico do veneno de certas cobras.

Além disso, podem ficar até 30 minutos sem se mexer, essa capacidade é conhecida como tanatose.

Se trata de uma técnica de defesa que o animal utiliza ao se deparar com predadores, ao se fingir de morto.