Você já ouviu falar em coleções botânicas?
Uma das coleções botânicas mais conhecida é o herbário.
Mas você sabia que existem uma enorme diversidade de coleções, dos seus objetivos e das técnicas específicas de preparo do material botânico?
E é dessas coleções que vamos falar hoje!
CARPOTECA
Carpoteca é uma coleção de frutos, armazenados secos, em potes de vidro, caixas de madeira ou sacos plásticos.
Ou ainda armazenados em potes de vidro com líquido conservador, para manter as suas características.
Os frutos, na carpoteca, são organizados segundo uma sistemática ou em ordem alfabética de família.
Cada fruto deve ter a planta da qual pertence incluída no herbário.
Frutos, com pequenas dimensões, podem ser armazenados juntos com a planta ou parte dela, no herbário.
Além do cuidado com o líquido conservador, é necessário ainda tomar algumas precauções para preservação:
A carpoteca é uma coleção que permite visualizar os tipos de frutos pertencentes aos diversos grupos taxonômicos, por exemplo, famílias e gêneros.
Tornando-se importante ferramenta para a identificação de material vegetal.
XILOTECA
É uma coleção de pedaços de madeiras desidratados, preparados segundo técnicas específicas e devidamente armazenados.
Para o depósito de material nessa coleção, são necessárias as informações: coletor, local de coleta, espécie e nome popular (se existir), entre outras observações.
Essa coleção, comumente, está associada a um herbário.
As xilotecas fornecem informações adicionais para a identificação das espécies arbóreas.
E são indispensáveis para estudos de características da madeira.
PALINOTECA
A palinoteca é uma coleção de grãos de pólen, organizada em laminário.
As lâminas são preparadas de acordo com técnicas específicas e devidamente organizadas, conforme o objetivo de cada instituição depositária.
A palinologia (estudo das características dos esporos e grãos de pólen) tem distintas aplicações.
E, por isso, a palinoteca pode ter perfis distintos, para contemplar as necessidades dos pesquisadores vinculados.
Entre essas aplicações citam-se:
Palinotaxonomia – uso dos grãos de pólen para identificação de floras ou para estudos taxonômicos;
Melissopalinologia – uso do pólen para identificação da flora utilizada por abelhas melíferas e verificação da legitimidade do mel; e
Geopalinologia – uso do pólen para a reconstituição de floras extintas.
LAMINÁRIO DE CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS
São coleções de lâminas permanentes, preparadas de acordo com técnicas específicas e devidamente organizadas, contendo células e tecidos de plantas.
Esse laminário encontra-se associado aos laboratórios de anatomia vegetal.
E cada lâmina é identificada com o nome da espécie vegetal e demais observações pertinentes.
BANCOS DE GERMOPLASMA
São coleções ex situ (criopreservação ou cultivo em casas de vegetação ou no campo) ou in vitro (cultura de tecidos) do germoplasma de espécies vegetais.
A maioria de plantas cultivadas, visando prevenir o processo de erosão genética das populações e a extinção de espécies.
Para a manutenção desses bancos, sementes são mantidas em câmara fria.
E continuamente cultivadas em campos experimentais, para evitar a perda da sua viabilidade, renovando, assim, a coleção.
Para muitas espécies, é necessário o plantio anual, enquanto para outras esse pode ocorrer em intervalos maiores, como três anos ou mais.
HORTO BOTÂNICO E JARDIM BOTÂNICO
Isso mesmo, você não leu errado!
Hortos e jardins botânicos são coleções de plantas vivas, nativas e exóticas.
A área destinada ao Horto Botânico não é muito extensa, e nela se cultivam plantas para pesquisa, ensino, extensão, produção e venda de mudas e conservação.
No Horto Botânico, as plantas podem ser cultivadas em áreas temáticas (de gimnospermas, de monocotiledôneas, etc.), facilitando, assim, a visualização de grupos vegetais por leigos e curiosos sobre plantas.
O Jardim Botânico, por outro lado, ocupa um terreno de área considerável, onde se cultivam plantas ou se preservam fragmentos de floras locais remanescentes.
Essas plantas também são utilizadas para diferentes fins e a coleção é aberta à visitação pública.
Cada espécie arbórea conta com placa identificadora, com nome popular e científico, família botânica, além do local de origem
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