Você já ouviu falar em herbários? Sabe o que são? Ou para que servem?

Herbários são coleções científicas de plantas ou de fungos preservados.

São provenientes de diversos ecossistemas, servindo como registro e referência sobre a diversidade de vegetação, flora e fúngica.

De modo geral, plantas e fungos são preservados por desidratação.

Assim, os exemplares são guardados com dados associados à coleta, que são utilizados para estudos diversos como por exemplo, na morfologia, taxonomia, biogeografia, genética, ecologia, conservação e história.

Ou outros campos do conhecimento, representando um repositório da biodiversidade de determinada região, país ou continente.

Além das diversas pesquisas que podem ser desenvolvidas no próprio herbário, ele mantêm vínculos de colaboração (intercâmbio de material, apoio de especialistas, etc.) com unidades similares em todo o mundo.

O herbário pode participar na integração das pesquisas sobre a diversidade florística e o inventário sistemático do patrimônio vegetal.

E este é essencial para apontar os remanescentes de vegetação nativa com potencial para preservação.

Bem como subsidiar com mais rigor os estudos que possibilitem o reflorestamento de áreas degradadas.

Os espécimes ou amostras quando desidratadas são montados sobre cartolina ou guardados em envelopes (como as briófitas e os fungos).

Ou ainda conservados em meio líquido, em frascos (como alguns fungos, algas microscópicas), para serem registrados na coleção e identificados.

As amostras depositadas nos herbários trazem informações em suas etiquetas como: família e nome científico, local da coleta, coordenadas geográficas, coletor, data da coleta, determinador, data da determinação, e informações sobre o espécime coletado.

Na digitalização dos acervos, as amostras recebem também um código de barras que é utilizado como identificador único para associar o registro textual à imagem.

Os herbários no Brasil

O Brasil conta com 208 herbários ativos que guardam mais de 8 milhões de espécimes.

Desse acervo, a maior parte são exsicatas, representando 2,3% do total mundial de espécimes em coleções.

A maioria dos herbários do país está sediada nos estados das regiões Sul e Sudeste que também detêm as duas maiores coleções:

  • O Museu Nacional
  • O primeiro a ser fundado no país, em 1831, possui um acervo estimado de 550.000 espécimes e 7.092 tipos nomenclaturais.

  • Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Que registra atualmente 600.000 espécimes e 7.000 tipos nomenclaturais.

Apenas 16 herbários brasileiros possuem mais de 100.000 espécimes, estando representados em todas as regiões geográficas do Brasil.

Entretanto, a maior parte dos herbários do país (quase 65%) possui menos de 20 mil amostras.

Você sabia que existem herbários virtuais também?

Um herbário virtual compreende o conjunto de dados e imagens dos exemplares depositados em um herbário, disponibilizados na internet.

Constitui, portanto, uma fonte qualificada de pesquisa e de informações, acessível a todos.

Os herbários podem individualmente compartilhar seus dados online, mas com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, esse conceito de herbário virtual foi ampliado, e hoje envolve as redes colaborativas.

Além da infraestrutura necessária a cada herbário para o armazenamento e manutenção do material coletado e gestão da informação, o herbário virtual, como rede colaborativa, constitui uma e-infraestrutura de dados e aplicativos de acesso público, utilizando também infraestrutura de redes para interconectar cada um de seus componentes.

Assim, se por um lado necessita de um sistema mais complexo para indexar, buscar, recuperar, visualizar e analisar dados, também permite que os herbários possam manter sistemas bem mais simples para o gerenciamento local de suas informações.

Um exemplo de herbário virtual é o INCT – Herbário Virtual da Flora e dos Fungos.