O Halloween está chegando e é mais uma oportunidade de trazer o conhecimento científico para o cotidiano dos alunos.
Já pensou em usar o Halloween como tema para as aulas de ciências?
Nós reunimos aqui algumas atividades para você utilizar em sala de aula nessa data.
Experiências de Halloween 1) O sangue do diabo
É uma tintura vermelha, que quando jogada sobre um tecido branco, evapora e desaparece completamente.
Parece bruxaria não é mesmo?
Para fazer essa “poção mágica” de Halloween você vai precisar de:
Misture a fenolftaleína com o álcool, mexendo bem.
Depois jogue esse líquido na água, mexa novamente e acrescente amoníaco.
O líquido se tornará vermelho, pois a fenolftaleína muda de cor na presença de alguma substância básica (no caso, o amoníaco).
Quando essa mistura vermelha é jogada sobre alguma superfície, a amônia presente no amoníaco desaparece.
E assim a mistura deixa de ser básica, voltando a ser neutra.
Ou seja, a fenolftaleína, que estava vermelha, volta a ser branca.
Antigamente, os comprimidos do laxante Lacto-Purga eram feitos de fenolftaleína, e esta experiência era bem mais popular.
Hoje, essa substância tem que ser comprada em lojas de química ou em farmácias de manipulação.
A ciência por trás disso
Quando se mistura o amoníaco com a água, não há mudança de cor.
Já quando misturamos a fenolftaleína, a solução muda de coloração.
Isso acontece porque a fenolftaleína é um indicador de pH, o seja é um indicador de ácido–base dos composto químico.
Mesmo quando adicionado em pequenas quantidades a uma solução, ela permite conhecer se a solução é ácido, base ou neutro.
Estes corantes são dotados de metacromia, que é a capacidade de mudar de coloração em função do pH meio.
Nesse caso ele reage com o amoníaco, mudando de incolor a cor rosa.
Depois de um tempo, a substância volta a ficar incolor, porque o amoníaco é volátil.
Ou seja, evapora facilmente.
Experiências de Halloween 2) Clorofila fluorescente
Embora esta atividade não seja muito prática para crianças, eles ainda acharão legal observar a mudança de cor.
Para fazer a clorofila fluorescente você vai precisar:
Lave as folhas dos vegetais e coloque em água fervente por 1 minuto.
Pegue as folhas verdes da água fervente com a pinça e coloque na tigela de gelo durante 1 minuto.
Coloque as folhas verdes no liquidificador e adicione um pouco de óleo e misture.
Se necessário, adicione mais óleo, para as folhas se misturam bem com um líquido fino.
Coe no um filtro de malha fina.
A clorofila agora é infundida no óleo.
A clorofila é verde sob a luz normal, mas irá fluorescência vermelha sob uma luz negra.
A ciência por trás disso
A clorofila é um pigmento verde encontrado nas plantas.
Ferver as folhas ajuda a permitir que a clorofila seja extraída das células.
Assim, a clorofila dissolve-se no óleo e também se dissolverá em álcool, mas não na água.
A clorofila é um pigmento que absorve todos os comprimentos de onda da luz visível, exceto o verde.
É por isso que as plantas aparecem verdes.
A luz verde é refletida de volta.
O mesmo não é válido para a luz ultravioleta como a produzida por uma luz negra.
A clorofila absorve a luz UV e fluoresce uma cor vermelha.
A fluorescência só ocorre enquanto a luz UV está acesa.
Uma vez que você desligar, a clorofila refletirá novamente a luz verde.
Isso não é o mesmo que as coisas que brilham no escuro depois que a luz é desligada.
Esses objetos emitem luz devido à fosforescência.
Experiências de Halloween 3) O terrário de mofo
Você não leu errado, um terrário de mofo sim!
Com fungos azuis, brancos e verdes crescendo no resto de comida.
E para fazer esse ecossistema você vai precisar de:
NÃO USE nada que contenha carne ou peixe – após alguns dias, isso irá começar a cheirar muito, muito mal.
Se a comida for pequena, como por exemplo, uma uva ou uma parte de uma laranja, use-a inteira.
Corte comidas maiores como pão ou queijo em pedaços de 2,5 cm.
Mergulhe cada fatia de comida em um pouco de água e coloque dentro do seu recipiente.
Se você utilizar uma jarra grande, coloque a comida na lateral da jarra.
Tente espalhar os pedaços de modo que eles fiquem próximos uns dos outros, mas não empilhados.
Tampe o recipiente e passe a fita em volta da tampa para selá-la.
Ponha o recipiente em um lugar onde você saiba que ninguém irá derrubá-lo ou jogar fora.
Todos os dias, olhe a comida no seu Terrário de Mofo.
Nos primeiros 2 ou 3 dias, você provavelmente não verá muita coisa.
Mas logo você deve ver coisas peludas azuis, verdes ou brancas crescendo em algumas partes da comida.
Após mais alguns dias, parte da comida no seu terrário pode começara a apodrecer.
Você pode observar como o fungo se espalha e como as coisas apodrecem por aproximadamente 2 semanas.
Depois disso, vai ficar sem graça, porque nada mais irá acontecer.
Quando você terminar com o seu Terrário de Mofo, jogue-o no lixo e não reutilize o recipiente.
O que observar no terrário
A ciência por trás disso
Diferente da plantas, os fungos não crescem de sementes.
Eles crescem de pequenos esporos que flutuam no ar.
Quando alguns desses esporos caem em um pedaço de comida podre, eles se desenvolvem em fungo.
Diferente das plantas verdes, mofo e outros fungos, não possuem clorofila, por isso não podem fazer sua própria comida.
O mofo que cresce em seu terrário, se alimenta do pão, queijo e outros alimentos.
O mofo se alimenta, produzindo químicos que quebram a comida e fazem ela começar a apodrecer.
Enquanto o pão é quebrado, o mofo cresce.
Pode ser perturbador encontrar comida mofada em sua geladeira.
Mas, na natureza, o mofo é uma coisa muito útil.
Em um ambienta natural, coisas apodrecendo voltam para o solo, fornecendo nutrientes para outras plantas.
O mofo é um “reciclador” natural.
Existem milhares de diferentes tipos de mofo.
Um mofo que cresce nos limões parece um pó azul esverdeado.
O que cresce nos morangos se parece com um pelo cinza esbranquiçado.
Experiências de Halloween 4) Lava de óleo sal (Quase lâmpada)
Essa experiência imita uma lâmpada de lava e para faze-la você vai precisar de:
Coloque cerca de 7 cm de água no copo (meio copo de água) e cerca de 1 dedo de óleo vegetal no frasco (ou copo).
Quando tudo se assentou (ficou sem bolhas), o óleo ficou acima ou abaixo da água?
Se quiser, adicione uma gota de corante de alimento (anilina) no copo.
Usando um saleiro, jogue sal no topo enquanto conta, devagar, até 5.
Adicione quanto sal quiser depois disso e veja o que acontece.
A ciência por trás disso
Por que o óleo fica por cima da água?
O óleo “flutua” na água porque uma gota de óleo ele é mais leve que uma gota de água do mesmo tamanho.
Uma outra forma de explicar isso seria dizer que a água é mais densa que o óleo.
Já que densidade é uma medida de quanto pesa um certo volume de algo.
As coisas menos densas que a água vão flutuar nela.
As coisas mais densas que a água vão afundar nela.
Apesar de tanto o óleo quanto a água serem líquidos, eles são chamados pelos químicos de imiscíveis.
Essa é uma palavra chique que quer dizer que eles não se misturam.
O que acontece quando eu coloco sal no óleo e na água?
O sal é mais pesado que a água e quando você coloca o sal no óleo, ele vai afundar, indo para o fundo da mistura, carregando uma gota de óleo com ele.
Na água, o sal começa a se dissolver.
Quando ele dissolve, o sal libera o óleo que volta para o topo da água.
Outras atividades de Halloween na ciência
Além disso você pode aproveitar a data para trabalhar o esqueleto humano e animais que fazem parte do Halloween.
Os ossos do esqueleto podem ser trabalhos tanto para montar as partes do corpo humano, quanto os alunos desenhando.
Já os animais como morcegos e sapos podem ser trabalhadas características e por que são associados ao Halloween.
Adorei as sugestões!!