A contracepção de emergência, também conhecida como “pílula do dia seguinte” é utilizada como método para se evitar a gravidez após uma relação sexual desprotegida.

Ou quando existe falha em alguns dos métodos utilizados.

Isso significa que a pílula do dia seguinte é indicada em situações realmente emergenciais.

Isso porque a  pílula do dia seguinte é uma verdadeira bomba hormonal.

E chega a ter dez vezes mais hormônios que a convencional.

Logo abusar dela é um grande risco a saúde.

Já que pode causar graves danos no organismo feminino.

Para entender porque estamos falando isso, vamos entender o que acontece no seu corpo quando você toma a pílula do dia seguinte.

É importante ter em mente que quando você toma a pílula do dia seguinte você está ingerindo hormônios semelhantes aos contraceptivos orais.

Mas em doses muito mais elevadas.

É mais ou menos o equivalente a meia cartela do anticoncepcional oral.

E por isso, sua ação principal é impedir ou retardar a liberação de óvulos pelos ovários.

Depende de que momento do ciclo a pílula é ingerida.

Portanto, a contracepção de emergência envolve uma ou mais fases do processo reprodutivo:

  • Interfere na ovulação

Quando a pílula do dia seguinte (contracepção de emergência) é tomada na primeira etapa do ciclo, ela consegue impedir o pico de LH.

Ou seja, você não ovula.

Outra maneira de impedir a gravidez seria atrasando a ação do FSH.

O que na prática significa adiar a ruptura do folículo.

Ou seja, atrasar a ovulação.

  • Migração dos espermatozoides até a tuba uterina

Quando a pílula é ingerida no período fértil, ou seja na ovulação, a eficácia desse mecanismo diminui de forma considerável.

E neste caso o efeito é na alteração do muco cervical.

Reduzindo e dificultando o deslocamento do espermatozoide em direção a tuba uterina.

O que diminui a chance do encontro com o óvulo, caso haja insucesso na anovulação (não ovulação).

  • Fertilização

A fertilização ou fecundação, refere-se, exclusivamente, ao processo de união dos gametas masculino e feminino (óvulo e espermatozoide)

A fecundação tem tempo definido e limitado para ocorrer.

Se a relação sexual se der no dia da ovulação, a fusão dos núcleos do óvulo e do espermatozoide demorará entre 12 e 24 horas.

Se a relação sexual ocorrer antes da ovulação, os espermatozoides permanecem no trato genital feminino por até cinco dias aguardando a ovulação, migrando gradativamente em direção às trompas.

Note que a fecundação não ocorre imediatamente após a relação sexual.

Com isso, a pílula do dia seguinte atua impedindo o encontro do óvulo com o espermatozoide.

pílula do dia seguinte

Pílula do dia seguinte é abortivo?

Não há nada comprovado nesse sentido.

Até porque, a contracepção de emergência atua impedindo a fecundação e, portanto, sempre antes da implantação.

Caso já tenha ocorrido a fecundação a pílula do dia seguinte não terá o efeito de contracepção.

E, portanto, não impede a implantação.

Posso usar pílula do dia seguinte usando anticoncepcional?

Pode, mas é importante que isso aconteça somente em casos realmente emergenciais.

Quando o anticoncepcional é usado corretamente, na hora certa e sem esquecimento, não há necessidade de tomar a pílula do dia seguinte mesmo em uma relação desprotegida.

Porque o uso frequente da pílula do dia seguinte deve ser evitado

É um método de emergência, para a contracepção existem diversos outros métodos.

A pílula causa vários efeitos colaterais que envolvem além de náuseas e vômitos, efeitos tromboembólicos.

E outras reações adversas como tensão mamária, hemorragia vaginal, fadiga, cefaleias, vertigens, astenia e dores na região baixa do ventre.

O uso contínuo também causa desregulamento do ciclo, além da perca da eficácia.