A preocupação com os incêndios ambientais é uma realidade global.

Porque muito mais do que os prejuízos financeiros trazem prejuízos imensuráveis à biodiversidade e aos ecossistemas.

O estado de São Paulo já registra em setembro o maior número de focos de incêndio em um único mês desde o início de 1998.

Data em que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passou a monitorar com satélites as queimadas em vegetações.

Isso representa uma alta de mais de 300%.

Mas o que eu tenho com isso?

Os incêndios causam grandes prejuízos à biodiversidade, ao ciclo hidrológico e ao ciclo do carbono na atmosfera.

Tais prejuízos reduzem os serviços ambientais que uma floresta, mantida em seu padrão, poderia proporcionar ao planeta.

Incêndios frequentes também podem levar a perda irreversível de parte de recursos genéticos.

Alguns antes mesmo de conhecer seu potencial.

Os incêndios florestais constituem um dos fatores mais importantes na redução de bosques e florestas no mundo, acarretando em diversos problemas, como:

  • destruição da cobertura vegetal;
  • destruição de húmus e morte de micro-organismos;
  • destruição da fauna silvestre, especialmente animais jovens;
  • aumento de pragas no meio ambiente;
  • eliminação de sementes em estado de latência;
  • debilitação de árvores jovens suscetíveis a pragas e doenças;
  • perda de nutrientes e ressecamento do solo;
  • destruição de belezas cênicas naturais; aceleração;
  • do processo de erosão e assoreamento de rios, lagos e lagoas.

Além disso, a combustão de um incêndio causa efeitos à vida humana.

Tais como:

  • Gases (CO, HCN, CO, HCl, SO, NOx, etc. todos tóxicos);
  • Calor (pode provocar queimaduras, desidratação, exaustão, etc.);
  • Chamas (se tiverem contato direto com a pele, podem provocar queimaduras) e
  • Fumaça (a maior causa de morte nos incêndios, pois prejudica a visibilidade, dificultando a fuga).

Somos parte de um todo.

Se um incêndio ocorre em uma área de floresta, em qualquer lugar na realidade, isso afeta diretamente sua vida.

São gases tóxicos lançados no ar que você respira.

É umidade do ar que você respira que cai.

É a água que vai para sua casa que é prejudicada.

É a sua saúde que fica ruim.

Como ocorrem os incêndios

Pode-se dizer que a probabilidade do fogo ocorrer e se propagar em um determinado local é função da probabilidade de haver uma fonte de fogo e da probabilidade de haver condições favoráveis para esse fogo se propagar.

Um incêndio florestal superficial sempre começa através de um pequeno foco: fósforo aceso, toco de cigarro, fagulha, pequena fogueira, etc.

E inicialmente tende a se propagar para todos os lados, de forma aproximadamente circular.

Tendo em um segundo estágio sua forma alterada pela ação do vento e da topografia.

Daí em diante o incêndio toma uma forma definida, compreendendo as seguintes partes: cabeça ou frente, flancos e cauda ou base.

A cabeça ou frente é a parte que avança mais rapidamente e segue a direção do vento.

A cauda ou base se propaga em direção oposta à cabeça, contra o vento, lentamente, e às vezes se extingue.

Os flancos se propagam perpendicularmente à cabeça do incêndio ligando esta à cauda.

Vários fatores afetam e influem na propagação dos incêndios, entre eles: o material combustível; a umidade do material combustível; as condições climáticas; a topografia e o tipo da floresta.

A ação de cada um destes fatores é diferente para cada região e para cada época do ano, o que causa grande diferença no comportamento dos incêndios.

Incêndios trazem danos irreparáveis. Denuncie os incêndios criminais!